sábado, 1 de setembro de 2012

William Cabral em: Escovas progressivas a base de carbocisteina e acido glioxílico

Por: William Cabral

Sobre o mecanismo de atuação, ainda não está totalmente esclarecido. Acredita-se que, devido a sua alta afinidade com a queratina, a Carbocisteína atue como um adesivo que cimenta as cutículas danificadas dos fios, o que justifica seu efeito hidratante, condicionador e restaurador. E liso???
A Carbocisteína sozinha não alisa, por isso é necessária a sua associação com uma cadeia de aminoácidos, que são moléculas de baixo peso molecular e que atuam como agentes de retenção de moléculas de água.
O Ácido Glioxílico é uma forma modificada de ácidos que ocorrem na maioria das plantas e micro-organismos. Esse ácido libera substâncias (aldeídos) que promovem a quebra de pontes de cistina. Por ter um pH ALTO, quando aplicado no cabelo, dilata a sua estrutura e abre a cutícula, permitindo assim a entrada do ativo alisante, para que ele possa agir no interior do fio. Ou seja no córtex.
Lá rompe boa parte das pontes de enxofre, que ficam entre dois aminoácidos chamados de Cistina, um dos 18 aminoácidos que formam a fibra capilar e é responsável pela sua resistência e forma. Com esse rompimento, o profissional dá a forma desejada às madeixas.
Nos estudos realizados com a Carbocisteína percebeu-se uma redução de 90% e um alisamento quase total em cabelos louros e de até 90% em fios virgens.
Quando você descolore um cabelo, retira quase tudo de dentro do mesmo, por isso não tem como alisar com uma química que altera estrutura como Guanidina, sódio e em alguns casos Tioglicolato. Logo fica complicado acreditar que há alteração interna.
Por enquanto nada aponta incompatibilidade desses ativos com outros utilizados para alisamento ou para coloração. No entanto é sempre bom evitar sobrecarregar os fios com muita química, como por exemplo, colorir no mesmo dia do alisamento.
Por mais que os testes realizados pelos fabricantes apontem a segurança dos produtos formulados com a Carbocisteína e Ácido Glioxílico, quando o assunto é química, a atenção deve ser redobrada, Por isso é fundamental proteger o couro cabeludo e usar luvas para evitar os efeitos negativos do pH ácido das fórmulas.




William Cabral é especialista em cabelos e trabalha na área há dez anos. Há seis veio para Porto Seguro. Ele atende nos telefones (73) 8806-0253/8124-7859/9121-8727.

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