domingo, 6 de janeiro de 2013

Classificados Dez!


VENDA  :  

Centro: Lindo apartamento de 2 quartos, sala, cozinha, todo mobiliado, no final da Passarela do Descobrimento, perto da Reylux. R$ 180.000,00 Tel.  9979-3470  9126-2329 

Taperapuan: Condomínio AcquaMarina aptos de 2 quartos (1 suíte), sala, cozinha, área de serviço, todo mobiliado, em condomínio fechado com segurança 24 h e piscina (próximo a Barraca do Gaúcho). Valor: R$ 180.000,00. Tel. 9979-3470   9113-6998

Vende-se Aptos de 2 quartos (1 suíte), sala, cozinha, área de serviço, todo mobiliado, jardim, no Condomínio Vila Aurora. Condomínio fechado com segurança 24 h e piscina perto do Axe Moi.
 Valor: R$ 175.000,00. Tel. 9979-3470   9126-2329   9113-6998

Vende-se Terreno na Rua das Margaridas, perto da Rua do telegrafo, mq. 1000 valor a vista R$ 125.000  Tel. 9126-2329   9979-3470   9113-6998

Outeiro de São Francisco: Vende-se Casa nova, com bom liveo de acabamento. Mobiliada.
Mq. 160, 3 quartos, 2 banheiro, cozinha, Sala e área gourmet, Piscina em terreno de mq. 670.
Valor R$ 450.000    Tel. 9126-2329   9979-3470   9113-6998

Casa de 100 mq com 2 Suíte com Cozinha, Sala e Jardim na Rua do Mangue;
Tel. 9979-3470   9126-2329

Casa de mq. 130 no Centro Histórico em terreno de mq. 380. Tel. 9979-3470 ou 9126-2329

Terreno de mq.  1200 no Alto do Mundaí. Posição panorâmica. Valor R$ 200.000   Tel . 9126-2329





Antonella Yllana em O Desejo de Voar

Antonella, no momento em que li em seu texto: "Quando a insatisfação começa a gritar com muita força, é preciso olhar para dentro, ver o que podemos fazer para mudar a nossa situação, por dentro e por fora.", me lembrei de uma citação que você fez da Clarice Lispector, no seu texto "Rito de passagem", que era: "...não queremos necessariamente mudar as coisas. O que queremos mesmo é desabrochar." Para fazer mudar, por dentro e por fora, para desabrochar, fazer abrir, se você pudesse elencar passos, quais seriam? E ainda, como olhar para dentro, por onde começar? (Alexandre, São Paulo)
Seria muito fácil dar passos para o Alexandre. Qualquer bom manual de autoajuda ou desenvolvimento pessoal está cheio deles. Mas não sinto que é disso que ele precisa.
Hoje o tarô mandou a seguinte mensagem: 4 de ouros, 7 de paus e 5 de espadas. No casulo há uma situação estável, a sensação de poder e força, mas também um confinamento, como se tudo fosse regrado e previsível demais. De repente, a lagarta cresce, a crisálida se abre, e a lagarta percebe que tem asas. No entanto, por uma fração de segundos, terrivelmente longa, ela não sabe o que fazer com suas novas asas. Como se jogar no abismo, como será que uma lagarta pode voar? É preciso uma coragem que ela não sabe que tem. Abrir as asas e voar é o desejo mais forte e doloroso de sua vida. Há um imenso medo de cair, uma vontade de voltar para o conforto do casulo. E se eu voar, o que acontecerá com as outras lagartas, pelas quais sou responsável? Aceitar que algo mudou, transformar a dor do medo em força para voar rumo ao desconhecido, desafiar o conformismo, ser selvagem, ser como uma pintura ou uma música em constante criação, ser uma inspiração para aqueles que ainda rastejam, eis o destino da borboleta.
Nunca me esqueço de quando decidi passar uma noite sozinha em uma caverna, durante minha primeira peregrinação a Santiago de Compostela, em 1999. Achava que ia tirar de letra, mas quando me vi sozinha ali, todos os medos de uma vida inteira subiram à tona. Passei horas me recriminando, reclamando, falando sozinha, gritando e chorando. Quando enfim adormeci de exaustão, sonhei que estava em uma capela e era acordada por um ruído. Com medo, abri a porta e me deparei com uma forte luz e muitas crianças. Um menino se aproximou e perguntou: “você mora aqui? Esta é a sua casa?” Eu respondi:”sim”. De repente, todas as crianças começaram a cantar:”Graças, ó Senhor, graças, ó Senhor.” Acordei no meio da noite. Naquele momento, o mundo não era mais um lugar perigoso. De repente, viver era uma grande aventura, e eu não sentia mais medo. De manhã cedinho, fiz uma fogueira, queimei nela um papel no qual escrevi os meus medos, levantei e caminhei em direção aos meus sonhos. Eu ainda nem sabia muito bem quais eram eles, não fazia a mínima idéia do que ia acontecer, não tinha segurança alguma, mas a partir daquele dia tomar consciência do espaço sagrado, por dentro e por fora, tornou-se o alimento de cada novo passo. 


Antonella Yllana é autora de seis livros, sendo que um deles, “A Ciência da Paixão”, teve vários trechos citados no livro 11 minutos, de Paulo Coelho.


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