Família faz
campanha para incentivar a doação de medula óssea
Uma lição de força. Esta é apenas uma
das coisas que você pode aprender com o pequeno Pedro Garuzzi, de apenas 6
anos. Há pouco mais de dois anos, ele e sua família, que é de Teixeira de
Freitas, foram pegos de surpresa. “Tudo começou em 2013, quando meu filho o
Pedrinho começou a ficar doente com muita frequência: febre, sem apetite,
perdeu peso, pequenas manchas roxas no corpo.Depois de levá-lo a vários médicos
de Teixeira, sempre sem um diagnóstico preciso, o trouxemos para Vitória –
Espírito Santo, onde no mesmo dia foi diagnosticado a Leucemia”, explica o pai,
Tarciso Garuzzi.
Ao receber o diagnóstico, a família teve
que tomar decisões drásticas: Voltaram a Teixeira de Freitas, entregaram a casa
onde viviam e se mudaram em definitivo para Vitória onde passaram 8 meses
morando no hospital para acompanhar de perto o tratamento do pequeno
Pedro. “Toda a quimioterapia tem reações
adversas como perda de apetite, enjoos, perda de cabelo. Mas tudo isso foi
superado durante o tratamento. Depois desse tempo, ele começou a fazer a
quimioterapia uma vez por semana com uma injeção e todo dia tomava um
comprimido quimioterápico, pois ele iniciava a fase de manutenção e
acompanhamento evolutivo da doença”, Tarciso.
No caso de Pedrinho, inicialmente, o
resultado foi de zero células ruins. Mas, lamentavelmente, após pouco mais de
um ano a leucemia do Pedro reincidiu. Nesse retorno, há cerca de três meses, a
médica deixou claro que o transplante de medula seria a melhor opção a ser
seguida. Enquanto isso, Pedro voltou a fazer quimioterapia com o objetivo de
zerar as células leucêmicas novamente.
Desde a descoberta, a família e os
amigos do pequeno Pedro iniciaram uma campanha para incentivar a doação de
medula óssea. Mas, incrivelmente, eles não estão focados apenas em conseguir um
doador apenas para o Pedro. “Nós preferimos que o máximo de pessoas se
predisponha a doar, pois se não for compatível com nosso filho, ainda poderá
ser com outra pessoa e ajudar assim mesmo”.
Doação
Quando não há um doador compatível na
família do paciente, é iniciada uma busca de um doador compatível entre os
grupos étnicos (brancos, negros, amarelos etc.) semelhantes, mas não
aparentados. O número de doadores voluntários, segundo dados do Instituto
Nacional do Câncer, o INCA, tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de
medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no
REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Em novembro de 2014 já
havia mais de 3,500 milhões de doadores inscritos, aumentando o percentual para
70%.
Quem
pode doar?
Para ser doador é preciso ter entre 18 e
55 anos de idade e gozar de boa saúde. O candidato a doador deverá procurar o
hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para
esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida será feita a coleta de
uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas
importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no
cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será
verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à
doação.
O transplante de medula óssea é um
procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia
geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. É importante esclarecer que
a Medula usada em transplante é a medula óssea, que é tirada da parte de trás
da bacia, longe da coluna. Não dói, já que o paciente estará anestesiado e pode
ser liberado no dia seguinte ao procedimento.
Seja um doador! Tire suas dúvidas no
site http://www1.inca.gov.br/ ou procure o
hemocentro mais próximo. Você pode salvar muitas vidas dedicando apenas algumas
horas da sua.
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