Ministro do Turismo, Gastão Vieira, afirma que o "Brasil é um país que fideliza o turista. 96% deles pretende voltar ao país"
Um estudo divulgado pelo Ministério do Turismo esta semana, revela que viagem para o Brasil supera a expectativa de um em cada três estrangeiros. Pela primeira vez na série histórica do levantamento, o percentual dos entrevistados que dão a nota máxima para o Brasil atinge os 31,5%. É o que mostra o resultado do Estudo da Demanda Internacional no Brasil, encomendado pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur, à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Mais de 300 pesquisadores percorreram por dez meses 15 aeroportos brasileiros e 12 fronteiras terrestres para coletar 39 mil entrevistas que caracterizam e identificam consumidores de turismo internacional no Brasil.
O número de estrangeiros que atribuíram ao turismo no Brasil o nível máximo de excelência cresceu 18,4%: passou de 26,6%, em 2009, para 31,5% em 2010. Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, a conquista cria “novos ‘garotos-propaganda’ do Brasil no exterior, na medida em que as redes sociais são um termômetro das opiniões, interesses e escolhas dos viajantes, apontando, inclusive, tendências de comportamento e ganhando importância na hora de decidir qual será o próximo destino de viagem”.
Segundo a pesquisa, a internet é a principal fonte de informações sobre turismo para 30,9% dos viajantes pesquisados. O boca-a-boca também continua sendo importante: 28,4% afirmaram consultar a opinião de parentes e amigos na hora de escolher para onde ir.
O índice que mostra a pretensão de retornar ao Brasil, segundo o ministro Gastão Vieira, revelou que “o Brasil é um país que fideliza o turista: 96% deles pretende voltar ao país”. O ritmo de crescimento do fluxo de visitantes confirma os números: “estamos nos preparando para bater o recorde de chegadas internacionais, de 5,1 milhões em 2010 para no mínimo 5,4 milhões em 2011; com crescimento da entrada de dólares, de US$ 5,9 bilhões para US$ 6,7 bilhões em 2011”, destacou Vieira.
SEGMENTOS E DESTINOS
O mapeamento do MTur revelou a descentralização do turismo no Brasil, ampliando o leque de municípios beneficiados pelo setor. Enquanto expoentes do turismo no Brasil mantiveram suas posições, novos destinos subiram no ranking de destinos mais procurados para lazer. Parati (RJ) e Cairu (BA) apresentaram crescimento de 37% e 64%, respectivamente, na movimentação de turistas estrangeiros em comparação com 2004.
Lazer é o principal motivo de viagem para 46,1% dos entrevistados, enquanto para 23,3% a motivação está relacionada a negócios, eventos e convenções. Entre os que entram no país por transporte terrestre, 84,3% vêm para descansar e curtir o Brasil.
Por outro lado, a região Sul do país é a segunda mais visitada por turistas que chegam para fazer negócios e participar de eventos e convenções. Rio Grande do Sul e Paraná, depois do Rio de Janeiro e São Paulo, são os estados que mais recebem estrangeiros com essa motivação.
Quando consideradas apenas as viagens a lazer, os estados mais procurados são Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Mais da metade dos entrevistados (60,2%) disse que a tradicional combinação de sol e praia continua sendo a preferida na hora de fazer uma viagem de lazer. Natureza, ecoturismo e aventura é o principal motivo de viagem para 26,9% dos entrevistados, segmento que registrou crescimento de 7,6 pontos percentuais de 2005 para 2010.
Porto Seguro continua entre o destinos mais procurados do estrangeiros
PROCEDÊNCIA E GASTO MÉDIO
Cerca de 46% dos visitantes internacionais são sul-americanos, 31% são europeus e 15% vêm da América do Norte. Os três continentes respondem, juntos, por 70% do receptivo internacional do Brasil. Apenas dois países - Argentina e Estados Unidos - são responsáveis por 40% do receptivo brasileiro.
Os europeus gastam, em média, US$ 1.614,00 – três vezes mais que os sul-americanos em viagem ao Brasil. O tempo de permanência dos europeus também é 2,5 vezes maior que o tempo de estadia dos sul-americanos – 24,3 dias contra 10,3 dias. Os norte-americanos gastam US$ 1.382,00 e ficam no país por, em média, 19,5 dias.
O gasto diário de visitantes que vêm para o turismo de lazer é de US$ 70,53. Entre os viajantes de negócios e eventos, o gasto sobre para US$ 119,38 ao dia. A permanência média em viagens de lazer é de 12 dias, enquanto no segmento de negócios, o tempo de viagem é de 12,7 dias.
MÉTODO E LOCAIS PESQUISADOS
Os entrevistados, residentes no exterior em viagem ao Brasil, foram abordados em salas de embarque de aeroportos internacionais e postos da polícia Federal em saídas por fronteiras terrestres, durante os períodos considerados de alta, média, baixa e média-baixa estação de turismo no Brasil.
As entrevistas foram realizadas nos aeroportos de Manaus (AM), Belém (PA), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Maceió (AL), Salvador (BA), Porto Seguro (BA), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), que representam 99% do fluxo internacional aéreo. A equipe da FIPE também aplicou questionários em postos de fronteiras terrestres que representam cerca de 90% do fluxo internacional terrestre no país: Chuí, Jaguarão, Santana do Livramento, Uruguaiana e São Borja, no Rio Grande do Sul; Dionísio Cerqueira (SC); Foz do Iguaçu (PR); Ponta Porã e Corumbá (MS); Epitaciolândia (AC) e Pacaraima (RR).
Além de quantificar o movimento de turistas no país, detalhar o perfil socioeconômico do visitante e apresentar seus motivos e motivações de viagem, o estudo confirma quais são meios de transporte e hospedagem utilizados e o grau de fidelização ao destino Brasil. Também revela a avaliação dos atrativos e infraestrutura turística nacionais, serviços adquiridos pela internet e por meio de agência de viagem, entre outras informações que permitem ampliar o conhecimento sobre a dinâmica e a evolução do turismo internacional no Brasil.
O resultado subsidia a formulação de políticas públicas, a definição de estratégias de promoção turística do país no exterior e norteia decisões empresariais do setor. A base de dados do Estudo da Demanda Internacional no Brasil foi coletada de janeiro a outubro de 2010. A margem de erro média é de 5%. A série histórica foi iniciada em 2004.
• 96% dos visitantes manifestaram o desejo de voltar ao Brasil.
• O interesse por campings ou albergues aumentou de 1,6% em 2004 para 4,3% em 2010.
• A maioria dos turistas em visita ao Brasil (65,4%) não utiliza serviços de agências de viagem. Pacotes são importantes nas viagens de lazer (30,7%). Serviços avulsos são mais utilizados em viagens de negócios (29,1%).
• 26% das consultas à internet sobre transportes turísticos são concretizadas em compras. Entre os que pesquisam hospedagem, 7% efetuam a compra online.
• Os itens de infraestrutura mais bem avaliados, na opinião dos estrangeiros, são: hospitalidade (98%), gastronomia (96%), restaurantes (95%) e hotéis (94%). Guias de turismo, táxis e diversão também obtiveram boas notas. As piores avaliações são para preços (apenas 60% consideraram positivos), rodovias (66,4%), telefonia e internet (73,8%) e sinalização (76,5%).
• Janeiro, fevereiro e dezembro são os meses de alta estação também para o turismo internacional. Nesse período, as viagens de lazer predominam.
Fonte: Ascom Ministério do Turismo
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